terça-feira, 5 de agosto de 2008

Raízes de amor

Logo cedo, em uma sexta-feira, Dona Ana em sua casa ajudava os filhos Alice e Henrique a se arrumarem. Esquentava os pães e o leite, colocava o café na mesa e os levava à escola.
Sempre quando voltava, passava horas com suas orquídeas conversando, desabafando e as aguando pois achava que elas eram um símbolo de amor.
Já Antonio, seu marido, com uma rotina diferente, nem fala bom dia, ia logo trabalhar.
Mais a noite, depois de passar a tarde toda com suas plantas, Dona Ana organizava os preparativos da festa de sua Bodas de Prata e anunciava a todos uma surpresa que gostaria que saísse perfeita.
Os convidados já estavam chegando, os docinhos estavam na mesa e a bebida sendo servida. Antonio sempre ausente, demorava a chegar. Dona Ana e seus filhos preocupados, tentanvam desfarçar a falta do pai fazendo com que Dona Ana voltasse a remoer um acontecimento do passado, o que a fizera sofrer demais durante muito tempo.
Quando Antonio chegou, resolveu nem tomar um banho e recepcionou os convidados do jeito que estava. Conversou com os amigos, riu e bebeu demais.
Depois que os filhos foram na casa da avó, que era vizinha e os convidados foram embora, Dona Ana saturada das gracinhas do marido, se revoltou mas fez com que isso não fosse demonstrado, e quando Antonio subiu para o banho Dona Ana pegou a mesma faca que cortara o bolo e subiu as escadas. Passo a passo, degrau por degrau, e apenas um ódio no coração, a traição de Antonio durante o casamento.
Chegando no quarto, Dona Ana encontrou Antonio dormindo, e o acordou dizendo com voz suave, mas com tom amargo: "Boa noite querido, sonhe com o amor!"
Sem que Antonio pudesse dar seu último suspiro, Dona Ana o golpeou com uma facada no meio do peito e ele não resistiu. Ela deu por seguida mais 17 facadas , uma após a outra fazendo um desenho simbólico de uma orquídea em seu peito.
Enlouquecida, Dona Ana vai até seu orquidário, levando consigo a faca, um papel e uma caneta.
Escreveu uma carta rapidamente, circulou preocupada entre as plantas, resolveu sentar-se sobre a terra e se matou.
Quando os filhos voltaram e se depararam com a situação vendo os corpos ensanguentados , observaram um papel sobre Dona Ana e enquanto liam ligaram para a polícia desesperados.
Os filhos com a carta na mão, leram um trecho em voz alta do que estava escrito: "Saibam meus filhos, que o amor é o sentimento principal da vida. O pai de vocês traíu nossa família. E lhe mostrei o caminho certo. Matei-me aqui, pois eu dediquei todos os anos de minha vida às orquídeas e a esse amor, e por isso o desenho no peito do pai de vocês. Desculpem-me por tudo, e lembrem-se que eu morri entre os amores das raízes".
'Carolina Souza
(Texto feito para trabalho de escola e eu gosto muito dele; coloquei aqui só pra abrir o blog! Beijos)

3 comentários:

Thaís Cavalcanti disse...

Carol, que lindo perfil você escreveu. Minha admiração e meu carinho por você só aumentam.
Escreva sempre que sentir que deve. As sensações são sempre o melhor termômetro de nós mesmos.
Beijo

Jeh Luz disse...

Ow Nega Munitaa...
Achei o SÊ aki..ahuaha

Beijão Carol..adorei seu bloggg! ;)

Camila e Vanessa disse...

Carol.. que lindoo seu post.. amei!
Seu blog ta lindao ^^
beijos!