domingo, 9 de maio de 2010

Pudim de leite condensado

"500 Days of Summer" não seriam certo dizer. Foram mais de 600. O filme não foi emocionante, nem superou as expectativas. Foi seco, frio e real. Emocionamos-nos com filmes que excedem o que passamos em nossas vidas. Mas nele não teve final feliz; e de finais tristes já estamos cansados.
Muitas vezes, procuramos em novelas, por exemplo, o que nos falta. É como se nos sujeitássemos a ter outra vida, certamente, perfeita. Assim como "The Notebook". O famoso filme clichê (este, com uma pitada de açúcar a mais). Conhecer, apaixonar, brigar, enfrentar algum problema e tempos depois poder ficar com o grande amor.
É um tanto quanto engraçado. Até as pessoas mais frias do mundo desejaram, um dia, conhecer a metade da laranja.
Posso ser jovem e inexperiente, mas passei por isso. Não sou dessas garotas que se apaixonam facilmente. Gostaria que meus filhos levassem o sobrenome Homem de Mello. Ilusão? Talvez.
Idealizei com um "homem" um final feliz. Mas de alguns tempos para cá, andei me perguntando se é isso que ainda quero. Este era meu maior medo: Não amá-lo mais. E mesmo com esta incerteza, prefiro acreditar ou me enganar, que irei me casar com ele e viver feliz para sempre, pelo simples fato de comodidade e estabilidade. Quando assisti "500 Days of Summer" não me lembrei daquele Homem, e sim dos outros tantos que existem.
Mesmo real, o filme é bom. Quer nos mostrar que estamos sujeitos a conhecer, amar e nos ferrar quantas vezes preciso. Sem limites. E que nós dosamos nossas pitadas de açúcar em nossa "amarga" vida.

Carolina Souza

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